Alargamento da UE apoiado por maioria
Mais de 56% dos europeus, revelam os dados
20 de novembro, 2025
A política de alargamento da União Europeia (UE) tem registado um novo impulso desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A favor desta expansão, uma sondagem do Eurobarómetro revela que 56% dos europeus apoiam a abertura do projeto europeu a novos países. Entre os Estados-Membros, os níveis de adesão mais elevados são registados na Suécia, com 79% de apoio, seguida da Dinamarca, com 75%, e da Lituânia, com 74%. Por outro lado, os menos recetivos são a Áustria (45%), a República Checa (43%), e a França (43%).
O apoio é particularmente denotado entre os jovens e as pessoas com grau mais elevado de formação. Na faixa etária dos 15 aos 24 anos, 67% consideram favorável o alargamento; por outro lado, nos jovens de idades compreendidas entre os 25 e os 39 anos a percentagem desce ligeiramente para 63%.
No conjunto da população europeia, dois terços dos cidadãos apoiam esta abertura, indicando que a maior parte da opinião pública vê o alargamento como positivo.
Entre os benefícios apontados, 37% dos inquiridos consideram que a expansão aumentará a influência global da UE, enquanto outros 37% acreditam que contribuirá para o fortalecimento do mercado europeu. 30% dos cidadãos apontam que esta expansão poderá promover maior solidariedade entre os Estados-Membros.
No entanto, para que o processo avance de forma eficaz, Corina Stratulat sublinhou a necessidade de um compromisso político que aproveite o apoio popular para implementar medidas concretas e preparar a integração de novos membros.
O alargamento suscita inevitavelmente ainda algumas preocupações que os dados precisam. 40% dos europeus temem uma imigração descontrolada, 39% referem riscos acrescidos de corrupção e criminalidade, e 37% manifestam receio quanto aos custos desta abertura para os contribuintes.
Para superar estas dúvidas, 44% defendem que o alargamento deve ser acompanhado de medidas que garantam o Estado de direito e o combate à corrupção, 38% apelam a compromissos claros dos países candidatos na aplicação das reformas da UE e outros inquiridos sugerem o reforço dos critérios de adesão para assegurar a implementação das normas comunitárias após a entrada dos novos membros.
Fonte: Euronews